Liberal demais atrapalha !

Publicado em 17/07/2018

A maioria dos ex-ateus, ao deixarem o ateísmo, não entram para nenhuma igreja. No máximo dizem que passaram a crer em Deus, nem se declaram como cristãos. Pode-se dizer que ficam "meio ateus" ou viram simpatizantes do teísmo, ainda que temporariamente. Assim sendo, em  geral, o sujeito ao sair do ateísmo fica num meio termo, não é ateu mas também não pode ser chamado de teísta. Podemos fazer um paralelo entre os ex-ateus e boa parte dos ex-esquerdiotas.

No meio acadêmico, principalmente, vive-se mergulhado num meio predominantemente (para não dizer totalmente) esquerdista. Um estudante em tal meio, por exemplo, dificilmente será um conservador. Tenderá a ser um militante do
partido de pirocasPSOL, na melhor das hipóteses virará um isentão. Se por algum motivo conseguir ver alguma coisa fora do meio vermelho onde está, tenderá a ver algo aurinegro. Ou seja, se o camarada está mergulhado num meio canhoto e, por algum motivo, deixar de ser canhoto, tenderá a ser um liberalóide.

De forma semelhante ao que ocorre com os ex-ateus, os ex-canhotos tendem a ficar num meio termo. Numa situação onde o cara não é mais esquerdista mas está longe de ser conservador. Ele é economicamente de direita mas culturalmente de esquerda ! Apoia privatizações mas não vê nada demais em aborto. Acredita no livre-mercado, em empresas competindo mas é adepto do "palavras machucam". Adere, praticamente, a toda agenda cultural promovida pela esquerda. Essa galera liberalóide, curiosamente, comete o mesmo erro do Regime Militar: prioriza a economia e caga para a cultura. Assim sendo, repetindo o discurso que interessa aos canhotos e combatendo os inimigos dos mesmos, os liberalóides, na prática, são buchas dos esquerdopatas !

Vi como os liberalóides são afetados pelo politicamente correto quando o "O Globo" inventou que a UFRJ da Opressão era a UFRJ Livre ressurgida com outro nome. À época, os admins da Livre (pelo menos os do twitter) ficaram mais
putosofendidos por terem sido rotulados de
bolsominionsapoiadores do Bolsonaro do que com a mentira do jornal. Isso ficou perceptível pelo modo esquivo como era tratado ao interagir com a página no twitter.

Como bons adeptos do politicamente correto, os liberalóides acreditam que o Bolsonaro é radical, machista,
taxista, frentista, estoquista,blablabla... Não querem ser associados a pautas "radicais", "polêmicas" e nem aos defensores das mesmas. No entanto, abraçam pautas
esquerdopatasprogressistas sem constrangimentos, não raro, fazem malabarismos retóricos para justificarem a defesa delas. Ou seja, o mesmo cara que escandaliza-se com os palavrões do professor Olavo não vê problema em defender a eutanásia. Estão sempre preocupados em serem vistos como "mocinhos", moderados e afins.

Conservadores defendem algo por ser certo, esquerdopatas por interesse e liberais por razões ideológicas. Muito das
merdasbobagens defendidas pela liberalhada só o são por razões ideológicas. A coisa de pôr o indivíduo acima de qualquer coisa e reduzir quase tudo a relações de mercado, na prática, faz com que defendam descriminalização de drogas, aborto, "casamento" gay, etc. Por exemplo, num virtual governo do Bolsonaro, não me espantaria ver o
NOJONOVO aliado ao
partido de pirocasPSOL numa tentativa de barrar o endurecimento das leis contra o tráfico. Defenderiam essa
porraposição adoçando ainda mais o discurso politicamente correto da esquerda

.

Vimos como o meio acadêmico é ideal para o crescimento do liberalismo e como o mesmo, apesar de ser contra a esquerda é instrumentalizado por ela, sendo usado como arma. A ideia deste
mau escritotexto não é arrumar treta com liberais e sim esclarecer
à reaçada da melhor do Brasilao pessoal conservador da UFRJ (e de qualquer lugar) que há convergências e divergências entre conservadores e liberais. Como as convergências são conhecidas, pelo menos, devemos ter uma ideia das divergências.